quinta-feira, 24 de maio de 2007

Filmes






Sem comentários

É demais!



Já escrevi em tempos, a propósito de autarcas aparentemente corruptos, que na política, para além de se ser sério, é fundamental parecer sério. Este princípio aplica-se também à competência.

Um político que ocupe um cargo público deve ser e parecer competente. Temos um caso recente em que um Governo que aparentava incompetência foi dissolvido pelo Presidente da República.

O Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sr. Mário Lino e a Directora da Direcção Regional de Educação do Norte, Sra. Margarida Moreira, recentemente passaram a parecer muito incompetentes.

(Depois da fantochada com a licenciatura de José Sócrates, que obviamente foi irregular, recuso-me tratar qualquer político pelo grau académico. Se alguém quiser que eu o trate por Dr. ou Eng. terá que me apresentar um certificado de habilitações legítimo).

As recentes declarações e acções destes servidores públicos são uma afronta à inteligência do povo português, demonstram incapacidade de julgamento racional de dossiers, instauram o despotismo do "porque sim", limitam a liberdade de expressão e pensamento, e menosprezam a racionalidade técnica.

Eu, contribuinte e eleitor, estou farto. Por inabilidade dos Srs. mencionados, não acredito que a OTA seja uma boa opção para Portugal, como também não acredito na isenção política do processo disciplinar instaurado pela DREN. Como tal, exijo que o Mário Lino e a Margarida Moreira se demitam imediatamente e, como alternativa profissional, se dediquem a colar cartazes do PS na Camacha.

Para demonstrar que a margem Sul não é um deserto, sugiro que os habitantes da região organizem uma manifestação para contar anedotas sobre licenciaturas.

quinta-feira, 17 de maio de 2007



Fairfield Porter
Red Cables
c. 1940

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Liberte-se



A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição tem em curso a campanha Liberte-se.
Antes de mais, tenhamos em conta quem são os associados da APED.

Pretende a APED a liberalização das compras aos Domingos e Feriados. Aqui surge o primeiro equívoco desta campanha enganosa. O que se quer liberalizar não são as compras mas sim as vendas.

O site apresenta um rol de pseudo-argumentos "em defesa da abertura do comércio ao Domingo":

- A abertura do comércio aos Domingos e feriados constitui uma imposição do ritmo de vida nas mais diversas aglomerações urbanas.

- O aumento do número de mulheres que trabalha fora de casa requer a abertura do comércio aos domingos e feriados.

- A abertura do comércio aos Domingos e feriados vai ao encontro das necessidades da generalidade da população trabalhadora

- A vontade dos consumidores portugueses exige a possibilidade de abertura do comércio aos Domingos e feriados.

- As associações de defesa dos direitos dos consumidores apoiam a abertura do comércio aos Domingos e feriados.

- A abertura do comércio aos Domingos e feriados gera emprego e evita desemprego

- A liberalização dos horários de abertura do comércio é uma exigência do comerciante.

- A abertura do comércio aos Domingos e feriados representa a consagração de um hábito responsável por boa parte das vendas da semana.

- A abertura do comércio aos Domingos e feriados é um pressuposto básico e determinante dos investimentos efectuados no sector.

- A abertura do comércio aos Domingos e feriados é um factor de equilíbrio no trânsito urbano.

- A abertura do comércio aos Domingos e feriados é fundamental para quebrar o círculo vicioso que provocou a desertificação dos centros urbanos e históricos.

- Durante 11 anos a legislação portuguesa permitiu a possibilidade de abertura do comércio aos Domingos e feriados.


A minha reacção a esta campanha é visceral. Transtorna-me o estômago e faz-me comichões por todo o corpo. E porquê? Não estão apenas as empresas de distribuição a pedir igualdade para todos os agentes económicos independentemente da dimensão? De facto estão. Mas eu não poderia estar mais contra.

Não defendo necessariamente o pequeno comércio em detrimento dos centros comerciais e hipermercados, mas como consumidor sinto falta de lojas especializadas e lamento o virtual desaparecimento do comércio tradicional. Estou farto de ser mal atendido, de ver sempre os mesmos produtos, aos mesmos preços, pensados para as massas. E disso tem vivido a distribuição em Portugal - oligopólios massificados para os zombies de fim-de-semana.

Mas o que é que o horário de funcionamento tem a ver com a viabilidade dos pequenos comerciantes? Muito. Uma loja pequena, que aposte na especialização de produtos e empregados tem dificuldade em implementar o sistema de turnos que o horário alargado exige. Uma grande loja, que recorre a empregados sem formação, e por conseguinte mais baratos, consegue facilmente contratar vários turnos desde as 10 da manhã até às 24h. Perdem os empregados, perdem os consumidores e ganham as grandes superfícies.

Se Portugal quiser ser um país com um sector terciário de qualidade, tem que criar uma melhor força de trabalho para o sector protegendo os consumidores. Isso conseguir-se-ia com regras iguais para todos, mas com horários limitados. 8 horas por dia, 5 ou 6 dias por semana. Nem mais nem menos. O consumidor já não seria empurrado para a romaria de fim-de-semana ao centro comercial e os empregadores estariam em igualdade de circunstâncias para contratar e formar empregados com uma visão de longo prazo.

Mas é claro, eu parto do princípio que os comerciantes existem para prestar um bom serviço aos consumidores...

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Priceless



Bicicleta BTT - 700€
Equipamento protector - 300€
Carmona a seduzir o eleitorado jovem, priceless -> http://www.youtube.com/watch?v=7AMsLAprkMc

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Eculogia



Ultimamente a imaginação tem andado em baixo. Assim, vamos reflectir sobre algo sempre pertinente e muitas vezes negligenciado - as fezes.

Mais concretamente sobre o papel das fezes no equilíbrio ecológico do nosso planeta.
Cada vez que defecamos produzimos excrementos que vão parar a solos, rios ou mares. Isso em si não é um enorme problema. Produzimos adubo biodegradável. Se ninguém se preocupa com as amplas fezes dos elefantes e baleias, não serei eu a preocupar-me com as nossas.

O problema surge com os assessórios e procedimentos dos actos de excreção.

Limpar o rabo a papel higiénico, por muito reciclado que seja, é limpar o rabo a uma árvore. Provavelmente eucalipto sedento com um impacto sempre questionável nos recursos dos solos.

Das descargas dos autoclismos nem falar. Pior para o planeta só mesmo se os enchêssemos com água Evian em vez de água da companhia.

Igualmente, lavar o rabo no quase extinto bidé consome litros de água potável, que faria mais falta para alguém beber, e introduz um quantidade substancial de sabão nas águas residuais.

Limpar o rabo a pele de focas bebé ou outros animais fofinhos à beira da extinção está completamente fora de questão.

Ou seja, defecar não é mau, mas a higiene acarreta problemas complexos. Assim, aos ecologistas, aconselho defecar o menos possível e limpar o rabo a materiais biodegradáveis como folhas de alface, molhinhos de coentros ou ramos de flores.

E para não entupirmos os esgotos e lixeiras com verduras passíveis de apreensão pela ASAE recomendo algo ainda mais grandioso. Defecai nas hortas! Adubai os campos e limpai-vos às ramagens. Neste esforço para salvar o planeta, o único inconveniente será a necessidade de comprar pomadinhas antí-míldio para limpar o ânus de vez em quando.