quarta-feira, 2 de maio de 2007

Eculogia



Ultimamente a imaginação tem andado em baixo. Assim, vamos reflectir sobre algo sempre pertinente e muitas vezes negligenciado - as fezes.

Mais concretamente sobre o papel das fezes no equilíbrio ecológico do nosso planeta.
Cada vez que defecamos produzimos excrementos que vão parar a solos, rios ou mares. Isso em si não é um enorme problema. Produzimos adubo biodegradável. Se ninguém se preocupa com as amplas fezes dos elefantes e baleias, não serei eu a preocupar-me com as nossas.

O problema surge com os assessórios e procedimentos dos actos de excreção.

Limpar o rabo a papel higiénico, por muito reciclado que seja, é limpar o rabo a uma árvore. Provavelmente eucalipto sedento com um impacto sempre questionável nos recursos dos solos.

Das descargas dos autoclismos nem falar. Pior para o planeta só mesmo se os enchêssemos com água Evian em vez de água da companhia.

Igualmente, lavar o rabo no quase extinto bidé consome litros de água potável, que faria mais falta para alguém beber, e introduz um quantidade substancial de sabão nas águas residuais.

Limpar o rabo a pele de focas bebé ou outros animais fofinhos à beira da extinção está completamente fora de questão.

Ou seja, defecar não é mau, mas a higiene acarreta problemas complexos. Assim, aos ecologistas, aconselho defecar o menos possível e limpar o rabo a materiais biodegradáveis como folhas de alface, molhinhos de coentros ou ramos de flores.

E para não entupirmos os esgotos e lixeiras com verduras passíveis de apreensão pela ASAE recomendo algo ainda mais grandioso. Defecai nas hortas! Adubai os campos e limpai-vos às ramagens. Neste esforço para salvar o planeta, o único inconveniente será a necessidade de comprar pomadinhas antí-míldio para limpar o ânus de vez em quando.

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