terça-feira, 29 de abril de 2008

Reforma Agrária



As recentes notícias sobre a escassez e escalada de preço dos alimentos, a nível mundial, tornam clara a necessidade de, a curto prazo, cada país se tornar auto-suficiente, de forma a minimizar os riscos sociais e económicos inerentes à dependência da volatilidade dos mercados internacionais.

Mas não temais oh gentes que este Luso reduto está bem preparado para garantir a total autonomia na produção alimentar, especialmente a agrícola.

Felizmente, durante anos, os jovens agricultores portugueses foram amplamente munidos, por via de generosos subsídios da União Europeia, de viaturas todo-o-terreno e montes no Alentejo afim de dotar Portugal de abundante produção agrícola. Por aí, estou descansado. Certamente muita coisa se está a produzir no Celeiro de Portugal.

Por outro lado, o Governo e as autarquias estão já a trabalhar no sentido de expropriar os milhões de hectares de terrenos agrícolas que foram convertidos em áreas de edificação onde hoje jazem milhares de prédios, moradias e condomínios, por vender. Mais uma vez no bom caminho.

A Câmara de Lisboa, já vai bastante avançada na implantação de produção agrícola na capital. Os terrenos da antiga Feira Popular são hoje um imenso latifúndio, e nas bermas da CRIL e Segunda Circular, plantam-se batatas, alfaces e couves.

Na Madeira, para além das visitas de estudo à Costa Rica para aprender a fazer crescer as bananas, planeia-se o encerramento dos 234.874 kms de túneis, para que sejam utilizados como estufas de cultivo de cereais para abastecer o Continente de palha.

As sedes partidárias, com especial destaque para a do PSD, vão-se converter em mercearias que venderão os produtos pecuários e vegetais que por aí se produzem.

A Galp, incapaz de continuar a suportar os enormes prejuízos que o negócio dos combustíveis lhes traz, vai alargar as zonas húmidas do estuário do Sado da Comporta até Sines, e vai-se dedicar à produção de arroz.

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