segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

As cadelas apressadas parem os cachorros cegos



Todos pensavam que ia ganhar o Sim. Seria próprio da América Latina que Hugo Chavez instaurasse uma ditadura legitimada por uma eleição (neste caso referendo) fraudulenta.

Mas, ao contrário do que aconteceu nas últimas duas eleições presidenciais americanas, conseguiu-se definir o veredicto na noite da eleição. Chavez, surpreendendo tudo e todos não só perdeu como imediatamente aceitou a derrota. 26 milhões de Venezuelanos deram um passo importante para consolidar a democracia e progresso económico do seu país. Será?

Eu não acredito que este resultado seja casual. O tempo dirá se foi Chavez que quis perder, "por ahora", para afastar a pressão da comunidade internacional, ou se foram os seus inimigos (com ou sem apoio exterior) que levaram a cabo um golpe de estado de boletins de voto.


Já na Rússia, 141 milhões de vizinhos da Europa estão cada vez mais próximos da ditadura. Mas continuemos porreiramente pá a fazer jogging na Praça Vermelha. Uma nova ditadura na Rússia, ainda rica em recursos, ainda a abarrotar de armamento nuclear, é uma ameaça imprevisivel para a Europa.

A Europa está completamente a dormir em termos de política externa. Por um lado, José Sófocles, labora na sua dramaturgia de um Tratado Europeu, por outro, embalados pela cantiga americana, os europeus andam a falar da adesão da Turquia e da ameaça do Irão.

Como se o Islão fosse ameaça para alguém enquanto o seu conceito de defesa estratégica se cingir à guerra contra os três grandes males da humanidade: caricaturas de Maomé; homossexuais no Irão; e ursos de peluche pecaminosos!

Fónix!

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